Adriana Drummond

Adriana Araújo Drummond, nascida em 23 de setembro de 1963, em Sete Lagoas MG, desde a mais tenra idade despertou para a Arte. Quis a vida intensa que separa a natureza rural da confusa e simbólica, urbe interiorana.

Sua família, das mais tradicionais das Minas Gerais, tem origens escocesas e portuguesas; ensimesmada nas agruras das conquistas do cerrado mineiro, desde aqueles tempos, quando se pegavam as índias a laço.

Adriana é brava, feito índia. Tem aquele ‘q ’ de mestiça. Branca na pele, cabelos bem pretos. Alma de cabocla rebelde. Desde moça, menina ainda, já queria correr trecho, sozinha. Escutava histórias e se deleitava em sonhos...

Com a sua primeira mestra Maria da Glória Lanza, (a Bigóia) aprendeu sobre as tintas e cores. Aprendeu que Deus só dá aos que têm o dom do misturar a poesia das cores, das formas, dos movimentos. No pari passu das artes plásticas, esperou.
Até ir fazendo, quadro por quadro. Obra por obra...

https://www.adrianadrummond.com/

Seus Trabalhos

Pensando pictoricamente o Antropoceno

"Ao nomear a sua série como Antropoceno (2017 a 2023), a artista visual Adriana Drummond remete a um termo que provém do grego. “Anthropos” significa “humano”; e “kainos”, “novo”. Essa denominação, popularizada em2000 pelo químico holandês Paul Crutzen, vencedor do Prêmio Nobel de Química em 1995, designa uma nova época geológica caracterizada pelo impacto do homem na Terra.

As características desse momento contemporâneo estariam associadas com o aquecimento global, a extinção das espécies e a redução da biodiversidade, além da perda de fertilidade dos solos, numa situação de crise hídrica que poderia ser prenúncio de um colapso ambiental e social.

A coleção da artista não trata disso diretamente, mas oferece uma visão peculiar, plena de significados, do mundo em que habitamos e que nos cerca. Em termos de assunto, o ser humano e a natureza são um eixo primordial.

As linhas têm movimento e pássaros se fazem presentes como a alegorizar desejos e buscas. Nesse aspecto, surge um fazer que une intuição e apuro técnico.

Coração e intelecto caminham juntos em um percurso pictórico que valorizas cores e formas da natureza. Algumas das obras foram realizadas no período pandêmico e estimulam aprofundar uma reflexão sobre o próprio sentido da arte, seja ela dionisíaca, com cores mais quentes, ou apolínea, com tons mais rebaixados.

O essencial está em pensar cada indivíduo, a sociedade, a arte e o universo na perspectiva antropocêntrica. Não se trata de adotar uma postura messiânica de salvação pelo fazer criativo, mas de gerar, com expressividade, por meio da tinta a óleo, imagens que exaltam a vida e mostram como o ser humano poderia de fato construir um mundo melhor."

Oscar D'Ambrosio
Pós-Doutor e Doutor em Educação, Arte e História da Cultura,
Mestre em Artes Visuais, jornalista, crítico de arte e curador.


Homem pássaro
Óleo sobre tela
1,2 x 0,8m
Coração que protege corações
Óleo sobre tela
1,2 x 1m
Capim Santo
Óleo sobre tela
80 x 40cm
Dionisiacas urbanas
Óleo sobre tela
1,2 x 1,2m
Antropoceno
Óleo sobre tela
1,2 x 1m
Baboseiras
Óleo sobre tela
1,5 x 1m
A lira indígena
Óleo sobre tela
1 x 1m
Ártemis e o pássaro negro
Óleo sobre tela
1,2 x 1m
Momentos Pandêmicos
Óleo sobre tela
1,5 x 1m
Solidão pandêmica
Óleo sobre tela
1,5 x 1m
Veridiana, o jardim e eu
Óleo sobre tela
80 x 60cm
A caverna de Baco
Óleo sobre tela
1,5 x 0,5m
Hathor (Quem roubou a calcinha)
Óleo sobre tela
80 x 60cm
Aladim em busca do ouro
Óleo sobre tela
80 x 60cm
Acorda-me
Óleo sobre tela
1,2 x 0,6m
Momentos Pandêmicos
Óleo sobre tela
1,2 x 0,8m